segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Entrevista ao nosso mister J. Vasconcelos


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Entrevista conduzida por Artur Moreira
Chegamos à conversa com José Vasconcelos, treinador da A. R. Freixieiro, que na época que se avizinha tem pela frente uma das mais árduas tarefas que teve como treinador.
Com uma equipa bastante jovem e com pouca experiência na 1.ª Divisão Nacional, José Vasconcelos vai tentar levar a bom porto uma equipa que deixou o profissionalismo na época passada.
Com um discurso efluente e sem medo do futuro, fala do seu jovem plantel e as metas a atingir como também de outras situações que seria da sua preferência e poderão não ser possível, o melhor será mesmo ler a entrevista.
“…em todos os jogos honrar a camisola que vestimos…”
futsal-porto-distrital [FPD]: Com um plantel a rondar uma média de 21,4 anos de idade e nos treze jogadores de campo tens sete seniores de primeiro ano e mais um júnior como guarda-redes, o que é que te levou a fazer uma equipa tão jovem?
José Vasconcelos [JV]: 
As circunstâncias do clube é evidente que isto não está fácil para ninguém, o Freixieiro tinha que optar por uma situação idêntica sabendo dos riscos, que era arranjar aí quatro, cinco ou seis jogadores que nos dessem alguma garantia e com mais experiência do que os outros e a partir daí tentarmos criar uma equipa competitiva e à margem dos pergaminhos do clube, mas sabemos que vamos entrar numa luta muito desigual, mas já estamos a preparar ou a começar a preparar para tentar em todos os jogos honrar e dignificar a camisola que vestimos.

“…se tivesse medo não estava aqui….”
FPD: Não tens receio que estes miúdos venham a acusar em demasia a responsabilidade de envergarem a camisola do Freixieiro na 1.ª Divisão?
JV:
 Receio não… se tivesse medo não estava aqui, mas é uma realidade que é uma diferença muito grande, primeiro porque os miúdos saíram dos juniores e vão jogar logo na 1.ª Divisão Nacional apesar de na época passada já ter chamado alguns ao plantel principal, e apesar de tudo foram vice-campeões nacionais juniores e também já trabalharam comigo noutro clube e aqui no Freixieiro, mas não só são eles, temos aqui muita malta que vão fazer a sua estreia na 1.ª Divisão, embora tenhamos muitos jogadores com muita experiência e competitividade da 2.ª Divisão, mas de 1.ª Divisão temos dois, três no máximo com alguma experiência e conto com a ajuda deles para tentar integrar os outros e acima de tudo acreditar no trabalho que desenvolvemos. Nos anos que tenho de futsal nunca tive projetos fáceis, se calhar este ano será o maior desafio ou com mais risco para mim com treinador, mas estou disponível para trabalhar e tentar conseguirmos criar aqui mais depressa possível uma equipa porque neste momento são muitos jogadores novos, poucos jogadores jogaram juntos e neste momento o que me preocupa é reunir ou tentarmos o mais rápido possível fazer um grupo forte e uma equipa boa, o caminho terá de ser por aí, vamos ter de lutar e vencer os jogos pela união e espirito de sacrifício e pela vontade.

“…é ficar na 1.ª Divisão porque a história assim o obriga…”
FPD: Neste início da época e com o conhecimento que estás a ter, qual é o objetivo do Freixieiro?
JV:
 O objetivo do Freixieiro é evidente que é ficar na 1.ª Divisão, porque a história assim o obriga, agora eu acho que a crise se está a refletir no futsal, não vai ser exceção, apesar de eu achar que ainda se cometem muitas loucuras, agora vamos ver o que é que o futuro nos reserva. Eu costumo dizer, onde eu estiver estamos sempre no mercado porque a qualquer momento poderemos reajustar isto, é evidente que agora vamos partir nesta situação e vamos ver o que os jogadores nos têm para dar, o que vai ser o desenvolvimento e crescimento deles e depois estaremos sempre atentos para só com um único objetivo que é manter o Freixieiro na 1.ª Divisão, sabendo que não é fácil mas preparados para isso.
FPD: Podemos depreender pelas tuas palavras que se ficarem nos primeiros oito, já é uma vitória?
JV:
 Eu não gosto muito de traçar esse tipo de objetivos, porque há muitas condicionantes, depois há muitas situações que vão aparecendo durante a época, eu lembro-me ano passado no início da época que toda a gente falava de equipas que iam ser candidatas ao play-off e andaram a lutar pelo play-out, equipas que eram consideradas para lutar no play-out e no final fizeram boas prestações no play-off, por isso acho que o jogo é muito aleatório e isto vai-se decidir em pormenores, agora sabemos que há um conjunto de equipas muito acima das outras, penso que irá haver uma discrepância e uma diferença muito grande entre Benfica e Sporting e depois mais quatro ou cinco equipas que se irão destacar das outras, depois vai depender de muitos fatores e nos estamos entre as dez equipas que no final dos dez meses estará no play-off ou no play-out mas que no final o Freixieiro se mantenha na 1.ª Divisão, agora não quero estar aqui a traçar uma futurologia a longo prazo, porque tenho um plantel muito novo, alguns trabalham comigo a primeira vez, agora vamos ver o que o futuro nos reserva.

“…a minha vontade seria jogar no Choradinho…”
FPD: A vossa casa vai ser o Pavilhão de Desportos e Congressos de Matosinhos, tendo em conta a inexperiência e juventude do atual plantel, não seria melhor jogarem aqui no Choradinho?
JV:
 Eu a quem de direito ao presidente do clube, já expressei a minha vontade e a minha ideia, agora tenho de respeitar o que ele decidir, na minha opinião eu sou apologista de jogar no Choradinho mas há outros fatores que são fundamentais e quem tem de decidir é quem dirigi e esse é o presidente, mas o que ele decidir, nos só temos de nos preparar para jogar aqui ou no Centro de Desportos, mas na minha opinião preferia jogar aqui, até porque vamos ter mais treinos aqui no Choradinho do que no Centro de Desportos e para ver a diferença, quando iniciarmos o campeonato teremos aqui vinte e cinco treinos e no Centro de Desportos apenas oito, logo aí à partida irá haver uma diferença muito grande, já que as dimensões da quadra não têm nada a ver um com o outro, mas espero que na primeira jornada a equipa esteja preparada, consolidada e mais próxima daquilo que nos pretendemos, mas jogaremos em qualquer pavilhão, aqui ou no Desportos, agora é um facto e estaria a mentir se dissesse que não concordasse contigo, é evidente que este pavilhão deu muitos pontos ao Freixieiro, foi neste Pavilhão que foi Campeão Nacional e não fugia à regra se assim não fosse.

“…os sócios vão sentir que vamos dar tudo…”
FPD: Queres dizer algumas palavras para os sócios para que não pensem alto e não defraudem as expectativas?
JV:
 Não, eu acho que os sócios do Freixieiro estão habituados a ganhar e é bom que isso aconteça, mas também são sócios que gostam de futsal, gostam do Freixieiro e têm a noção da realidade de que é o clube, eu só espero que sejam o que foram até aqui, perdendo apoiaram a equipa e que que deem tempo de a mesma crescer, são pessoas que amam o futsal, que amam o Freixieiro e penso que vão compreender perfeitamente as dificuldades, que nos vamos ter de as ultrapassar mas também vão sentir que nós vamos dar tudo e que estamos preparados para as ultrapassar.

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